sábado, 29 de julho de 2023

DESABAFOS MEUS







1- Num país com tanta precariedade nas classes média e baixa em que lutam para se aguentarem à bomboca, tardam a repartir os dinheiros vindos de fora enquanto outros engordam à custa de tantos impostos e das subidas das taxas de juros pela Lagarde e não só. Greves atrás de greves em quase todos os serviços públicos, mas o que agora mais interessa é a fausta recepção das JMJ. Trinta milhões era o previsto, mas afinal já voaram trinta e oito milhões. Moedas esfrega as mãos de contente esquecendo-se que depois da onda passar ficará com uma Lisboa com imensos buracos. Admira-me muito que pelo menos dois partidos se encontrem caladinhos sobre esta onda! 

 Não sou contra as JMJ e a vinda do Papa Francisco de quem gosto muito, mas com esta ostentação até ele se indignaria e na qual jamais participarei!

2- Muitos peregrinos já começaram a chegar a Portugal. Um enorme grupo de 50/60 elementos de várias nacionalidades já se encontram alojados em Sintra! Recebi um email do Lar onde se encontra a minha mãe, tipo convite, dando conhecimento da ida deles. Reemcaminhei também para os meus irmãos. Eu não fui porque na véspera estive com ela.

3- Ontem ao falar com a minha mãe senti a alegria dela com tantos jovens que cantaram, dançaram e fizeram com que os utentes participassem, e falaram numa companhia excelente e todos gostaram imenso.

4- Telefonema seu ao fim da tarde:

Então minha senhora manhê eles falaram em português? Não filha era em inglês que não sei, havia dois padres tradutores  mas para mim, valeram mais os gestos e aí entendi tudo numa alegria contagiante! Foi muito bom filha uma tarde muito animadora e até rezamos em conjunto e como sempre faço, pedi pelos meus filhos, netos e bisnetos mas sobretudo por ti que és o meu braço direito. 

Fico muito mais aliviada com a alegria dela porque é católica e muito praticante e o Lar sempre promoveu este tipo de encontros e não foi só agora com as JMJ.

5- A filha continua numa boa recuperação mas ainda com alguns medos (tão naturais digo eu) que o problema volte. Em Agosto será a vez da neta mais nova. Acredito e não abro mão que tudo irá correr bem!

6- Já desabafei e obrigado a ti que leste/ouviste a quem desejo

Um bom fim de semana!









(Imagens do Google)


segunda-feira, 17 de julho de 2023

TÉNIS- WIMBLEDON - 2023

 









"Nunca joguei contra um tenista como Alcaraz na minha carreira. Roger e Rafa têm suas qualidades e deficiências, Carlos é muito completo"!


Novak Djokovic, derrotado pelo tenista espanhol na final de Wimbledon, elogiou as qualidades do jovem adversário. 


DE: Sapo desporto


domingo, 16 de julho de 2023

Procedimentos... (sempre tão actual)


 










Dizes mal de tudo
dos políticos, da sociedade,
dos familiares, dos amigos
dos vizinhos
de quem não conheces
dos animais, da natureza
até do que não percebes!
Chega! Basta!
Já é demais
deixa de ser besta!
Faz tu melhor
o que apontas aos outros
Faz tu melhor
no espaço que ocupas
Faz tu melhor
sem mágoas e lamentos
Faz tu melhor
dando exemplos!
Pega na pá com o coração
amanha a terra do teu ser
ao teu jeito e então verás
que tudo na vida
tem a sua razão de ser
que ninguém é perfeito
que a tua imperfeição
é maior, bem maior
do que d'aqueles
que queres ver
no chão!
e Eu? sim eu...
imperfeita como sou
sempre fiz
da areia da praia
a minha cama
do mar calmo ou bravio
o meu lençol
iluminei o meu caminho
com o brilho do sol
nas noites escuras
peço à lua um carinho
nunca pisei ninguém
no meu caminho
mas...
com dó olho p'ra ti
porque sei e tu sabes
se continuares assim
tão convencido
mas perdido
que existe ali
na estrada da vida
a mesma tabuleta
igual para todos, sim
com a palavra FIM!

Fatyly - Dezembro de 2006

terça-feira, 11 de julho de 2023

PAUSA! NOTÍCIAS

 





















DO:GOOGLE


A filha já foi intervencionada ontem. Segundo os cirurgiões correu tudo bem e debalaram o seu problema! O meu genro esteve sempre lá e eu não fui ver as netas porque não foi preciso e fizeram o jantar!

Hoje telefonou-me estava animada e não sabia se, e quando irá ter alta mas julga que será hoje mas mais para a tarde.

Daqui a nada vou para lá e farei o que puder! O genro irá para junto da mulher, a neta mais velha está no trabalho de verão e a mais nova vai fazer a melhoria de uma nota para o acesso à faculdade.

Está tudo controlado e obrigado pelo vosso apoio!

domingo, 9 de julho de 2023

"Sorriso audível das folhas"













 Não és mais que a brisa ali
Se eu te olho e tu me olhas,
Quem primeiro é que sorri?
O primeiro a sorrir ri.

Ri e olha de repente
Para afins de não olhar
Para onde nas folhas sente
O som do vento a passar
Tudo é vento e disfarçar.

Mas o olhar de estar olhando
Olha não olha, voltou
E estamos os dois falando
O que se não conversou
Isto acaba ou começou?

Fernando Pessoa

quinta-feira, 6 de julho de 2023

Eu só não acerto no euromilhões, apesar de nunca ter jogado:)))









( DO GOOGLE)


1- Dia 11 de Julho dá-se o início da intervenção cirúrgica da filha e virá  para casa dia 13 de Julho depois das 12 h. Terá de ficar em total repouso até dia 16 de Julho.

2- Dia 17 é a consulta de anestesia da neta que será feita online e fazer análises e um RX e dias depois será operada.

3- Isto em hospitais públicos diferentes

4- Como otimista e prevenina que sou, já pus gasolina no TIR, vi o óleo, pus água nos "mijas" e ar nos pneus. 

5- Tudo pronto para o SOS/ mãe, sogra e avó e sem descorar o SOS/da minha mãe, em que não se conta nada para não ficar mais baralhada e deprimida do que está. Só depois de tudo passar!

6- Até lá irei passar por aqui e ver o Tour de França!

OBRIGADO A TI QUE ME LÊS

quarta-feira, 5 de julho de 2023

21 de Junho de António Lobo Antunes

 









Almoço com a minha filha mais velha, pelos seus anos, num dos restaurantezinhos próximos do sítio onde escrevo. De vez em quando o telemóvel dela toca e parabéns, parabéns, aqueles que não consigo dar-lhe porque no dia do nascimento estava a dez mil quilómetros de distância. Não perdoo quase nada à Ditadura e o que menos lhe perdoo foi não ter assistido à gravidez da mãe e não estar presente quando chegou. Soube da sua vinda ao chamarem-me à barraca da rádio, por uma mensagem de Luanda, no dia seguinte, e apenas uma ou duas semanas depois chegaram fotografias pouco nítidas, enovoadas pelas minhas lágrimas de emoção e raiva. Uma filha fantasma em que não podia tocar, não podia ter ao colo, não podia beijar. Lembro-me de ter ido para junto do arame farpado, sozinho, num sofrimento imenso, e diante de mim, o rio, a mata, a infinita paisagem da minha dor. Conheci-a com quatro meses, deitada no berço a dormir, inclinei-me para ela e continuo, ainda hoje, a sentir o seu cheiro, a ver as suas mãos, o seu corpo, o seu cabelo loiro, os pezinhos que me cabiam inteiros na boca. Conheci-a com quatro meses, exausto da guerra, e dali a pouco fui-me embora outra vez. Cada 21 de Junho, ao olhá-la, vem-me à cabeça, como num vómito instântaneo, o que acabo de escrever. Fico muito quieto à frente dela no restaurante, tenha a idade que tiver, com os seus pés na minha boca e o seu cheiro a embuchar-me. Quis tanto que viesse: pensava - Vou morrer aqui - pensava - Se tiver um filho ainda que morra não morro - e desde então é a certeza da minha imortalidade e da minha permanência. Mesmo hoje, passadas mil luas, dou por mim não com ela, no Chiúme (o sítio miserável onde então apodrecia) a pensar

- Tenho uma filha, tenho uma filha e não tinha fosse o que fosse a não ser as letras do rádio e fotografias a preto e branco num quarto de maternidade, que não parava de olhar na esperança que o bebé começasse a mexer-se, a sorrir, a existir de facto, a acordar ao meu colo. Toda a guerra é horrível: os mortos, os feridos, o isolamento, a estupidez cruel, as nossas existências precárias e indignadas. Mas, maior que isso, o nascimento da minha filha foi o que mais me custou pela violência dos sentimentos contraditórios que acendeu em mim, pela dúvida – Será verdade, não será verdade? E pela minha furiosa, quase assassina indignação. A minha mãe nasceu quando o pai dela na guerra também, em França, de onde voltou (tenho o seu diário) gaseado e desfeito. Porém uma coisa era saber isto e outra coisa vivê-lo. Se Deus me fizesse o favor de voltar com os ponteiros para trás, agradecia: nada se pode comparar, julgo eu, a estar presente na altura em que uma criança nossa (em que uma criança minha) rompe no mundo. Por isso o dia 21 de Junho (21 de Junho, São Luis Gonzaga, Confessor) é uma data estranha que nunca se pacifica cá dentro. Volto a África (não é a sensação de voltar a África, é de não ter saído de lá) estou em África e um soldado vem chamar-me à barraca da rádio. O cripto entrega-me um papel – Rapariga – e eu de papel em riste, aparvalhado, incrédulo, com o coração num pingo. Como esta expressão é verdadeira: o coração num pingo. Não é uma imagem nem uma metáfora: o coração num pingo. De forma que na semana passada, no restaurantezinho perto do sítio onde escrevo, o coração num pingo. Não posso meter os seus pés na minha boca (cresceram imenso) e a minha dificuldade em exprimir ternura impede-me de a abraçar como desejaria. Para ali fico, aparvalhado: parece uma mulher e mentira: é o bebé que me roubaram, é a alegria que recusaram dar-me. É o meu bebé e o meu bebé come de faca e garfo, atende o telemóvel, cresceu inacreditavelmente depressa para a ter no colo. Comemos cerejas do mesmo prato, falamos disto e daquilo e nenhum de nós fala coisa que se veja. O facto de comermos cerejas do mesmo prato comove-me. De vez em quando os nossos dedos roçam-se, apetece-me apertar-lhos e não os aperto: estou de papel em riste a ler – Rapariga - a ler - Rapariga – diante do silêncio dos soldados, do silêncio da mata, do silêncio de Angola. Sou um pingo farpado, uma gotinha que vibra. Sou um alfereszito de vinte e tal anos a tremer contra o arame farpado. Um camarada meu aproximou-se: o Eleutério. Gostava, gosto do Eleutério. Regressava sempre da mata num molho de brócolos, com o pelotão atrás. O Eleutério chegou ao meu lado e ficou ao meu lado. Nenhum de nós disse nada. E, apesar disso, que conversa comprida, cheia de fúria e alma em tiras, naquele silêncio. Agradeço-te, Eleutério, o que trocámos sem palavras. O capitão para mim: - Parabéns, parabéns - e compreendi nesse momento que a resposta possível a – Parabéns, parabéns
era a cabeça voltada para o outro lado e a exclamação
- Caralho
tão baixinho que o mundo inteiro ouviu!

CRÓNICA de António Lobo Antunes
In Visão nº. 748 de 5 de Julho de 2007


domingo, 2 de julho de 2023

CICLISMO - TOUR DE FRANCE - 2023

 












Entre 1-23 de julho realiza-se a 110.ª edição do Tour de France, a prova rainha do ciclismo mundial e um dos eventos desportivos mais mediáticos do planeta.

DAQUI

Logo a seguir será a feminina e como tal vou estar por aqui:)

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Ontem não vi nada porque visitei a minha mãe e almoçei com a filha mais velha, genro, as duas netas e claro a Dona Zara que não me largou e deitou-se aos meus pés:))  

Falamos de tudo e fui cravada pela neta mais velha para a trazer até à estação da CP.

O resto do meu pessoal não puderam vir mas mantivemos o contacto e risada:)))

Foi um dia excelente.