No sentido que o povo dá, sou de facto uma mulher "com tomates" regida pelo optimismo que sempre me caracterizou e sem qualquer problema algum falaria com Cavaco Silva como falo com um sem abrigo.
Sou defensora/lutadora em absoluto pelos "direitos fundamentais do ser humano", actuando, dia após dia até onde os meus braços chegam.
Hoje tenho uma bagagem que me dá muito prazer partilhar com todos neste mundo em constante transformação e nessa partilha com quem vou lendo e convivendo aprendo igualmente.
Não nasci em berço de ouro, mas de um modesto casal que nos ensinaram como enfrentar a vida.
Depois da guerra onde vi o que muitos só vêm através da teoria e ou imagens, tive a sorte de ter tido uma carreira profissional que foi outra escola de vida, um grupo de colegas que foram o meu aconchego e duas filhas que foram e são o meu porto seguro, como eu sempre fui e sou, delas. Agora os netos...são a sua continuidade e para mim... a tal piscina onde dou umas braçadas com três carrapatos atrelados para não dizer coladinhos!
Uma mulher "com tomates", ou seja guerreira, coerente consigo própria, sem mas nem meio mas, que pega pelos colarinhos quem permanece parado nas agruras da vida, com mais adjectivos que não vale a pena mencionar
é sempre assustadora para a maioria dos homens e para as mulheres nem se fala!
Posso dizer que há duas palavras atomatadas que uso sempre sem qualquer constrangimento:
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DESCULPA quando erro e erro muitas vezes
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OBRIGADO quando aprendo com os outros e com os meus erros
Resumindo e concluindo...quem nasce torto tarde ou nunca se endireita, hoje perante uma situação caricata em que entrevi, acalmei e solucionei e ao ouvir esta expressão, resolvi partilhar com quem me lê, porque quem me conhece sabe que é verdade!
Daí vos dizer, apelar, para que ninguém tenha medo de "ter tomates" porque todos somos capazes de ultrapassar e dobrar as esquinas da vida. Basta ter vontade férrea de as vencer de coração aberto!
Fotografia de José Rui Fernandes