terça-feira, 31 de agosto de 2021

Artista urbano trocou a cidade pelo campo e agora faz obras (espetaculares) que só podem ser admiradas desde o alto

As grandes (literalmente) criações do artistas francês Guillaume Legros são desenhadas com tintas ecológicas e não duram mais do que três semanas.








Guillaume Legros era um enfermeiro com jeito para o desenho. Quando não estava a cuidar dos seus pacientes, trocava a bata e a seringa pela máscara e spray e procurava os melhores lugares para 'grafitar'. Com desenhos de cariz humanitário e social, o artista francês pintava nas estações de metro e edifícios abandonados. Contudo, rapidamente percebeu que a poluição urbana eclipsava a sua arte.(,,,)








Ver e ler a reportagem e as diversas obras no: SAPOLIFESTYLE

domingo, 29 de agosto de 2021

JOGOS PARALÍMPICOS - TÓQUIO 2020

A primeira já cá canta. Miguel Monteiro conquista bronze no lançamento do peso F40 nos Paralímpicos

















DO: SAPO

Parabéns a toda a equipe e há que enaltecer o seu esforço e aqui está a prova do "verdadeiro querer" de quem sofre na pele a "diferença ou indiferença" de muitos.

Pena é que dão poucas reportagens e ou diretos porque a maioria das notícias só falam do futebol.

quinta-feira, 26 de agosto de 2021

DE VOLTA AO MEU ACONCHEGO COM AS PILHAS CARREGADAS

1- Obrigado a todos que responderam no post anterior.

2- Foram uns dias bem passados com idas à praia e Lar. A praia...pois muita neblina e vento frio o que me obrigava a pirar antes que me fizesse mal. Por duas vezes fui ver o pôr do sol e estava muito agradável.
A minha mãe continua no mesmo registo e não há volta a dar. Podia ir dar uma volta e a palavra de ordem foi e é "não". Também fiz uma grande limpeza à casa da filha e dormi sempre muito bem.

3- Só abria a televisão à noite e o mundo está louco porque o que está a acontecer no Afeganistão sobretudo no aeroporto leva-me a 8 de Novembro de 1975 onde passei o mesmo...dois dias e duas noites e com uma filha de 6 meses. Consegui sair mas tanta gente ficou para trás. As atrocidades de uma guerra civil são iguais a muitas e sobre isto não quero falar mais!

4- Regressei há pouco e agora vou arrumar a bagagem que é pouca mas não gosto de deixar para amanhã o que posso fazer hoje e fazer o almoço!

5- Irei visitar-vos o mais breve possível.

6- Beijocas deste TIR😂😍😎


sexta-feira, 20 de agosto de 2021

PAUSA

 













Voltarei do SPA dia 26 e assim proporciono uns dias de férias à filha, genro e netas sem se preocuparem com os cães e a gata!

quinta-feira, 19 de agosto de 2021

21 de Junho de António Lobo Antunes









 

Almoço com a minha filha mais velha, pelos seus anos, num dos restaurantezinhos próximos do sítio onde escrevo. De vez em quando o telemóvel dela toca e parabéns, parabéns, aqueles que não consigo dar-lhe porque no dia do nascimento estava a dez mil quilómetros de distância. Não perdoo quase nada à Ditadura e o que menos lhe perdoo foi não ter assistido à gravidez da mãe e não estar presente quando chegou. Soube da sua vinda ao chamarem-me à barraca da rádio, por uma mensagem de Luanda, no dia seguinte, e apenas uma ou duas semanas depois chegaram fotografias pouco nítidas, enovoadas pelas minhas lágrimas de emoção e raiva. Uma filha fantasma em que não podia tocar, não podia ter ao colo, não podia beijar. Lembro-me de ter ido para junto do arame farpado, sozinho, num sofrimento imenso, e diante de mim, o rio, a mata, a infinita paisagem da minha dor. Conheci-a com quatro meses, deitada no berço a dormir, inclinei-me para ela e continuo, ainda hoje, a sentir o seu cheiro, a ver as suas mãos, o seu corpo, o seu cabelo loiro, os pezinhos que me cabiam inteiros na boca. Conheci-a com quatro meses, exausto da guerra, e dali a pouco fui-me embora outra vez. Cada 21 de Junho, ao olhá-la, vem-me à cabeça, como num vómito instântaneo, o que acabo de escrever. Fico muito quieto à frente dela no restaurante, tenha a idade que tiver, com os seus pés na minha boca e o seu cheiro a embuchar-me. Quis tanto que viesse: pensava - Vou morrer aqui - pensava - Se tiver um filho ainda que morra não morro - e desde então é a certeza da minha imortalidade e da minha permanência. Mesmo hoje, passadas mil luas, dou por mim não com ela, no Chiúme (o sítio miserável onde então apodrecia) a pensar

- Tenho uma filha, tenho uma filha e não tinha fosse o que fosse a não ser as letras do rádio e fotografias a preto e branco num quarto de maternidade, que não parava de olhar na esperança que o bebé começasse a mexer-se, a sorrir, a existir de facto, a acordar ao meu colo. Toda a guerra é horrível: os mortos, os feridos, o isolamento, a estupidez cruel, as nossas existências precárias e indignadas. Mas, maior que isso, o nascimento da minha filha foi o que mais me custou pela violência dos sentimentos contraditórios que acendeu em mim, pela dúvida – Será verdade, não será verdade? E pela minha furiosa, quase assassina indignação. A minha mãe nasceu quando o pai dela na guerra também, em França, de onde voltou (tenho o seu diário) gaseado e desfeito. Porém uma coisa era saber isto e outra coisa vivê-lo. Se Deus me fizesse o favor de voltar com os ponteiros para trás, agradecia: nada se pode comparar, julgo eu, a estar presente na altura em que uma criança nossa (em que uma criança minha) rompe no mundo. Por isso o dia 21 de Junho (21 de Junho, São Luis Gonzaga, Confessor) é uma data estranha que nunca se pacifica cá dentro. Volto a África (não é a sensação de voltar a África, é de não ter saído de lá) estou em África e um soldado vem chamar-me à barraca da rádio. O cripto entrega-me um papel – Rapariga – e eu de papel em riste, aparvalhado, incrédulo, com o coração num pingo. Como esta expressão é verdadeira: o coração num pingo. Não é uma imagem nem uma metáfora: o coração num pingo. De forma que na semana passada, no restaurantezinho perto do sítio onde escrevo, o coração num pingo. Não posso meter os seus pés na minha boca (cresceram imenso) e a minha dificuldade em exprimir ternura impede-me de a abraçar como desejaria. Para ali fico, aparvalhado: parece uma mulher e mentira: é o bebé que me roubaram, é a alegria que recusaram dar-me. É o meu bebé e o meu bebé come de faca e garfo, atende o telemóvel, cresceu inacreditavelmente depressa para a ter no colo. Comemos cerejas do mesmo prato, falamos disto e daquilo e nenhum de nós fala coisa que se veja. O facto de comermos cerejas do mesmo prato comove-me. De vez em quando os nossos dedos roçam-se, apetece-me apertar-lhos e não os aperto: estou de papel em riste a ler – Rapariga - a ler - Rapariga – diante do silêncio dos soldados, do silêncio da mata, do silêncio de Angola. Sou um pingo farpado, uma gotinha que vibra. Sou um alfereszito de vinte e tal anos a tremer contra o arame farpado. Um camarada meu aproximou-se: o Eleutério. Gostava, gosto do Eleutério. Regressava sempre da mata num molho de brócolos, com o pelotão atrás. O Eleutério chegou ao meu lado e ficou ao meu lado. Nenhum de nós disse nada. E, apesar disso, que conversa comprida, cheia de fúria e alma em tiras, naquele silêncio. Agradeço-te, Eleutério, o que trocámos sem palavras. O capitão para mim: - Parabéns, parabéns - e compreendi nesse momento que a resposta possível a – Parabéns, parabéns
era a cabeça voltada para o outro lado e a exclamação
- Caralho
tão baixinho que o mundo inteiro ouviu!


CRÓNICA de António Lobo Antunes
In Visão nº. 748 de 5 de Julho de 2007

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

NARCISO

 










Queria dizer que os homens não prestam
mas prestam sim
Queria dizer que não há nenhuma educação
mas há educação sim
Queria dizer que há tantos falsos amigos
mas há amigos sim
Queria dizer que a vida não tem espinhos
mas tem espinhos sim
Queria dizer que não há quem ande a fingir
mas há quem finja sim
Queria dizer que ninguém usa os outros
mas há quem use sim
Queria dizer-te muitas coisas
mas tu belo narciso podre e nojento
sentirás na pele o teu triste fim
aprenderás em sofridos gritos
que afinal viver a VIDA
não deveria ter sido assim!
e eu? eu não sei mentir
pessoas como tu
não deveriam existir!

Fatyly (7/08/2007)

domingo, 15 de agosto de 2021

Tudo isto enerva-me!!!!

 

"Assassino". Gouveia e Melo recebido com insultos por manifestantes anti-vacinas em Odivelas.


O vice-almirante Gouveia e Melo foi recebido no sábado à noite por algumas dezenas de manifestantes anti-vacinação, que gritavam "assassino", com o responsável da 'task-force' a considerar que "o obscurantismo no século XXI continua".
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Todos têm direito à sua "opinião" sobre o quer que seja e sobretudo RESPEITAREM a opinião dos outros.

Infelizmente existe esta "corrente" que respeito, mas já não tolero a sua postura e forma de dizerem o que pensam. "Assassino"????? não sabem de todo o seu significado e a ignorância é  parceira de radicalismos nocivos. 
Não querem ser vacinados não se vacinem, mas depois se forem apanhados pela doença não supliquem...não supliquem como eu já vi cinco pessoas que passaram bem mal e graças aos excelentes médicos safaram-se mas ainda têm algumas sequelas.
 
HOJE BEM ARREPENDIDOS POR TEREM NEGADO O ÓBVIO PASSARAM A ACONSELHAR A QUEM DELES SE APROXIMA.

Olhai para o mundo onde o radicalismo e qualquer extremismo de direita, centro e esquerda provoca e digam se estarão certos.

Bem diz o ditado português: Vozes de burro não chegam ao céu.

quinta-feira, 5 de agosto de 2021

JOGOS OLÍMPICOS - TÓQUIO 2020 QUE DEVIDO Á PANDEMIA REALIZARAM-SE EM 2021

 










O ouro de Pedro Pichardo no triplo salto, que deu também prata a Patrícia Mamona, e os bronzes do judoca Jorge Fonseca e canoísta Fernando Pimenta em Tóquio2020 dão a Portugal o melhor resultado de sempre em Jogos Olímpicos.

DE SAPO 24

Fui acompanhando tudo nas horas vagas e é sempre gratificante assistir a grandes feitos depois de anos e anos de treino.

Todos os atletas que representavam Portugal estão de parabéns medalhados ou não.

Também fiquei contente com o grito de Simone Biles sobre a enorme pressão que é feita nos bastidores a tantos e tantos atletas. Disto já se falou o suficiente mas é importante não esquecer.