quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Vasculhando Sotãos

DESAFIO AS PALAVRAS














Na boca de muitos a palavra dócil tão falseada, que esmagam a frieza da preeminência de quem usa uma torrente de murmúrios como íman maléfico.
A caminhada é dura e já longa e as coxas dão sinal de paragem.
Sentada no chão, revejo traços de fragmentos de um inverno rigoroso que desaba num coração bombeado por sangue já tão desgastado.
Afinal sou matéria...mas também sou paixão. Levanto-me num gesto rápido, solto risos afugentando possíveis invasores numa luta que não dou tréguas e grito: A vida é a melhor prosa feita de folhas diárias...coloridas e outras desbotadas por lágrimas!
E num "DESAFIO" o sol voltou a brilhar!

Fatyly (já não me lembrava que tinha escrito isto)

Toze em Fevereiro de 2007






É assim que gosto de pensar que sou...















A fazer o meu caminho!

O Canto da Boop em 16/Outubro/2009



AUTORES

As grandes decepções que tive foram em criança e mais tarde no princípio da adolescência.

A primeira como anteriormente já aqui tinha dito, foi quando soube que não era o Menino Jesus que dava os presentes.

A segunda quando a minha irmã Joana me disse que o capitão Alvega das aventuras do Cavaleiro Andante não era português. Poderia lá ser! Como se atreviam a tirar-me o valente Capitão Alvega. Nunca deixei que me dissessem a nacionalidade, para mim continuava a ser português. A teimosia da falta de argumentos.

A terceira, um ou dois meses depois, terrível, que deu grande discussão com o meu irmão Alexandre, o mais velho , que cheguei a acusar de mau e cruel, quando troçou de mim por eu pensar que Emilio Salgari era português.
Tiravam-me tudo. Ficava só com o passado Histórico que era manifestamente insuficiente. Já não havia portugueses para admirar.

A quarta, uns dois anos depois, foi com Julio Verne. Dessa vez a zanga descambou. Acusei Joana e Alexandre de só me quererem magoar, de só estarem bem quando me viam decepcionada. Disse-lhes que não gostava deles.
Os pais foram chamados a intervir.

Felizmente quando li Cervantes sabia que era Espanhol.

Claras em Castelo em 28/Dezembro/2006

5 comentários:

  1. Querida Fatyly

    Como já nos habituaste quando "vasculhas sótãos" é um encantamento.

    Grato pela tua partilha.

    Beijinhos.

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  2. Belo post o teu ...

    gostei imenso ...

    e de recordar Claras em Castelo ...
    gostava de a ler ... pena ter desistido do blogue ...

    beijinhos e bom fim de semana
    isabel

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  3. Vicktor
    é o que gosto de ler e por vezes indago o que "pensavam ou como estavam" há uns anos ou até dias ou meses atrás:)

    Wind
    Achei igualmente "bons"

    Boop
    Este teu post veio precisamente ao encontro do que sempre me debati: nada se faz sem esforço e acreditar que podemos mudar o rumo dos acontecimentos pessoais, de quem nos rodeia e isso provoca uma onda na sociedade.

    Isabel
    Ela escreve muito bem. Fez outro blogue mas já voltou à antiga casa e tem escrito. Quando puderes passa por lá e verás:)

    Beijocas e obrigado a todos

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