quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Terramoto no Haiti
Um cenário dantesco onde nada ficou de pé, desde os casebres ao Palácio Real e completamente desgovernado.
Um povo que vivia abaixo do limiar da pobreza ficou entregue a si próprio e os que escaparam sem perdas de tempo ajudavam os aflitos com as únicas ferramentas que tinham: as mãos.
Gritos aflitivos, apelos pela Internet e jornalistas que estavam "no ar" na hora exacta que não se contiveram e choraram que nem meninos.
O mundo movimentou-se de imediato numa onda de solidariedade e quem chegou primeiro foi o Brasil seguido de imediato pela América e agora outros Países com equipes de socorro e resgate, mantimentos e tudo o que é preciso para as primeiras horas cruciais!
Houve entrevistas que me agoniaram, perguntarem ao Presidente Haitiano onde ia dormir, numa hora em que meio taranta respondeu e bem ao jornalista: o Palácio ruiu a minha casa também e dormir agora não é prioritário, prioritário é o socorro às vítimas.
Outro do povo culpa o governo, porque estava previsto pelos cientistas que algo iria ocorrer e tudo parou, com escolas fechadas e tudo, até dia 11 (o que desconhecia) e porque não foi dado o alerta à população para se prevenirem do pior?
Por cá logo entrevistas de entendidos, ou que se julgam entendidos: estamos preparados para um cenário desta dimensão?
Houve um espectador que disse mais ou menos isto: "seria o mesmo caos, porque o povo não deva saber, mas não é por acaso que o parlamento e outros edifícios governamentais há bem pouco tempo foram reforçadas as suas estruturas e tenho sérias dúvidas que a legislação das construções habitacionais obedeçam às leis anti-sísmicas, porque a fiscalização era quase zero, para não dizer nula".
Mas a natureza quer lá saber se o parlamento está reforçado, se isto e aquilo, a meu ver se fosse cá, teríamos o mesmo cenário de 1750, com uma pequena grande diferença, não temos e nem vislumbro nenhum espírito do "Marquês de Pombal".
Tudo isto me faz pensar muito: o que faria eu numa situação destas? Todos temos informação, basta ir a site da protecção civil, mas se com umas chuvas tudo entope, caí, desfaz-se, acho que nem eu nem ninguém está preparado, treinado e mentalizado se tal ocorrer no nosso país.
A meu ver "numa situação tão catastrófica" só funciona o "nosso instinto de sobrevivência, salve-se quem puder e em segundos partimos de imediato para ajudar aqueles que ficaram pior".
Bastou um minuto, pobre povo e nas guerras quantos minutos se gastam a destruir e matar outros povos?
O meu abraço de solidariedade A TODO O POVO HAITIANO!
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Segundo o que vi nas noticias o governo já sabia que a qualquer momento iria acontecer uma catástrofe., mas não fez nada. será possível saber que algo vai acontecer e simplesmente ignorar? É brincar com as pessoas com a pobreza com os sentimentos. E como sempre ficam mais pobres os mais pobres. 100 000 pessoas? um terço da população da Mdeira...
ResponderEliminarPerdem as pessoas tempo, com as guerras de poder.
ResponderEliminarQuando vêm a natureza e destrói tudo num apice...
A natureza está a avisar. Pobre deste povo que a cada ano vai ficando mais empobrecido,com tantas catastrófes naturais.
Mas a que a mão do homem não é alheia,neste país(Haiti) a mancha verde está desaparecer, o que faz também com que os solos, não protegem as fragéis estruturas...
Dá que pensar se a Républica Dominicana tem um manto verde e está ali mesmo ao lado...
Mas é tempo de unir as mãos e ajudar a levantar aquele povo fustigado, pelas intempéries. a minha solidariedade, vai para o povo do Haiti...
bjocas
Se fosse cá, concordo contigo, seria o instinto mesmo.
ResponderEliminarNinguém está preparado!
Que os Deuses nos livrem de tal calamidade.
Beijocas
Um catástrofe de dimensões que vai além do que vemos e ouvimos pelos jornais. Quanta dor. O que é bonito de ver é a imensa solidariedade vinda do mundo inteiro. Diminui um pouco o sofrimento das vítimas.
ResponderEliminarAvogi
ResponderEliminarAcredito numa previsão mas nunca numa certeza. Mais, uma país com toda aquela pobreza, com imensos problemas políticos, etc, etc., é de realçar que até os organismos públicos e ou estatais foram abaixo.
Depois havia uma bomba relógio...o durrebe continuo da mata!
Mina
Subscrevo o que dizes e acrescento que na República Dominicana´, onde nunca lá estive mas sei por relatos de quem foi lá o povo vive igualmente na maior das misérias, embora este respeite a mata ou levam severas punições pelo derrube da mesma.
Agora há que ajudar e com toda a certeza que irá surgir um novo país, com menos população como é óbvio (infelizmente) mas tenho sérias dúvidas nisso se continuar com os mesmos governantes.
Wind
Ninguém está preparado para guerras e catástrofes naturais e as reacções variam muito...
Odele
É isso mesmo e mediante um cenário dantesco e daquelas dimensões, grita-se no momento e depois é "o silêncio dos silêncios onde os sentimentos SECAM" tornando o ser humano num autómato. Reparei nos hospitais improvisados naquele caos...que não se ouve um grito...nem se vê uma lágrima.
Ontem não ouvi as noticias e espero que toda "a solidariedade" já tenha chegado a quem mais precisa.
Beijocas a todos e obrigado pela vossa presença
Querida Fatyly
ResponderEliminarDesassombradamente colocas as questões que devem ser colocadas...
Como é possível a comunidade mundial permitir (ou provocar?) a existência de um país, em pleno Caribe, paredes meias com zonas de turimo de elite, com tão paupérrimas condições existenciais?
O socorro é extremamente importante... e a prevenção não teria sido possível?
E onde estão os "meus deuses"? Lembrei-me do romance Caim, de José Saramago...
Quero deixar-te os parabén por ter sido um dosmelhores textos que li sobre os nefastos acontecimento do Haiti.
Beijinhos.
Ola
ResponderEliminarSao terriveis as imagens que nos chegam.
Que chegue a ajuda o mais rapido possivel aquelas pessoas.
beijocas
Vicktor
ResponderEliminarComo é possível a comunidade mundial permitir (ou provocar)??? Haiti tinha imenso turismo, mas o povo cada vez mais pobre e o governo foi permitindo tudo incluindo o abate das árvores até à fronteira com a República Dominicana. E nesta como vive o seu povo? na mesma ou ainda pior das misérias, segundo relatos de quem´já lá foi. Fazer turismo é uma coisa, mas ver além cortina outra. Cuba...como vivem os cubanos? e por aí fora! Na Tailândia e Indonésia o que ficou a descoberto depois do tsunami?
Nós por cá temos muita miséria, mas menos pobreza numa comparação (possível?) com esses povos.
A prevenção só funciona se durante anos interiorizarmos o que fazer em caso de...e mesmo assim tudo depende do "dispositivo reactor de cada um de nós"!
O socorro é importantissimo, mas até chegar aos locais...é o desnorte total porque a pior arma que se pode enfrentar é um povo em fúria pela sua sobrevivência, devido à fome, sede e perda de tudo!
Ninguém pode prever um sismo. Quando ocorre no mar pode prever-se um tsunami, e as autoridades por exemplo da Tailândia, Indonésia e Indía...fizeram ouvidos mocos! Sendo em terra sabes qual é o animal que pressente uns bons minutos antes? o gato!
Ainda bem que gostaste:)
Sideny
terá que haver pulso de ferro e acalmar o povo para que sejam atentidos, o que para já não acredito que consigam. Já se formaram gangs e os transportes de pequenas associações são assaltadas por "desesperados". A policia está toda mobilizada à volta do Palácio Real e de outros organismos e pouco se importando por quem ataca os feridos e lhes rouba o pouquinho que têm.
Beijocas e obrigado pela vossa presença