sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Leitura que recomendo...




















(Compilação de várias crónicas publicadas pelo Destak, que disponibiliza várias sugestões, para que pais e filhos encontrem o caminho mais certo!)

Sei que não gostam de posts grandes, mas recomendo que leiam esta que achei tão acertiva:

Os anti-pais natais são uns infelizes

Vive no pólo norte, numa casa onde acabou de instalar aquecimento central, a pedido do seu braço direito - o Urso Polar - , dos duendes e até dos seus inimigos, que ficavam com as mãos geladas quando faziam incursões para roubar os presentes guardados na cave.
É absolutamente mentira que haja uma Mãe Natal. Não há, nem nunca houve. O Pai Natal sempre se manteve orgulhosamente só, e da sua vida amorosa ou sexual pouco ou nada se sabe, se é que há alguma coisa para saber. A imprensa tablóide daquele lado do planeta ainda procurou insinuar que era pedófilo. Na sequência de queixas anónimas, a polícia fez um raid ao seu computador e correspondência, mas as únicas palavras que surgiam invariavelmente em todas as cartas, eram Barbie e Playstation. Ainda se pensou que era uma pista, dois ou mais comentadores abordaram o assunto no telejornal das oito, mas o Supremo Tribunal do pólo norte mandou internar o responsável pela rusga, alegando que só alguém com uma mente doente procuraria denegrir a reputação do Pai Natal. Um procurador de um país europeu insignificante ainda tentou enviar uma comissão ao pólo sul para investigar o caso, com a «seriedade e isenção» que o caso merecia, palavras suas, mas os pobres foram corrido a bolas de neve por duendes e gnomos.
Tudo isto passou ao lado do Pai Natal, porque quem trabalha a sério, e há séculos sem fim, a favor dos mais pequeninos, já há muito que deixou de valorizar estas tentativas mesquinhas de gente que tem o coração tão gelado que não acredita nem na magia, nem na bondade. O Pai Natal já tem uma estante cheia de livros de filósofos e economistas de todos os tempos que escreveram variantes daquele livro que garante que não há almoços grátis. Guarda-os, declarou uma vez numa entrevista, porque precisa de alguma coisa que o recorde de que há mentes mesmo muito perversas e jura que todos aqueles escritores nunca receberam mais nada para além de carvão no sapatinho.
E mesmo assim não aprenderam a lição. Infelizmente, revela, são estes, ou clones destes, que decidem convencer os filhos de que o Pai Natal não existe e é uma invenção de mentecaptos que preferem viver num mundo de fantasia a enfrentar a realidade tal como ela é. Além do mais, tentam destrui-lhe a imagem, explicando às crianças que a barriga proeminente resulta de um excesso de calorias consumidas, chamando-lhes a atenção para o risco de virem a ter hipertensão arterial e diabetes, todos aqueles que procurem imitar o «velho das barbas», como lhe chamam. Falam em colesterol, HDL e LDL, descrevem mortes agonizantes e pavorosas e esquecem-se que o Pai Natal tem centenas de anos e uma saúde à prova de bala. Os anti-pais natais, que no fundo são anti-natal e anti-felicidade, troçam dos sobrinhos que deixam leite e bolachas ao lado da chaminé, considerando que o seu comportamento é «inadequado». Se ao menos fosse uma maçã ou uma cenoura! Mas mais do que isso, criticam os pais dos sobrinhos, irmãos ou cunhados, ou apenas os vizinhos, tanto faz, porque consideram que estão a deseducar os mais novos.
O Urso Polar queria correr com eles à paulada ou soltar-lhes os ogres aos calcanhares, mas o Pai Natal disse que não valia a pena, porque os filhos inteligentes dão um desconto a estes pais e continuam a pôr a meia ao fundo da cama e a vê-la encher-se todas as manhãs de natal, mas não contam aos adultos o que lhes aconteceu, para não os chatearem. Os adultos, coitados, diz o Pai Natal, que já inspirou milhares de especialistas em neurociência e psicologia, que hoje falam destas coisas como se as tivessem aprendido sozinhos, foram tão maltratados em pequenos que, no fundo, estão só a tentar poupar as suas crianças de uma dor semelhante. Ao estilo, «se ele nunca sonhar com nada, nunca vai ficar desiludido».
O Pai Natal acredita seriamente que estas crianças vão encontrar o seu caminho para a Terra do Nunca, mas a mim apetece-me ir buscá-los num trenó guiado por uma rena de nariz encarnado e brilhante, e trazê-las para o pólo norte, onde arranjariam um canto em ninguém lhes moesse a moleirinha.
Se alguém se quiser juntar a mim, ainda temos uns dias para os resgatar dos adultos que lhes querem estragar o Natal.

10 comentários:

  1. Olá amiga palavras para quê, assino por baixo e de cruz

    Aquele abraço carinhoso

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  2. conheço e tenho na familia quem desde muito cedo disse ao sseus filhos que o pai natal nao existe, nem imaginas a tristeza das meninas!!! eu levo o pai natal a serio e as minhas pulgas acreditam e vao acreditar sempre. pois a minha filha é tb desta opinião há tanta magia no natal e no pai natal
    eu acredito ainda no pai natal
    kis :=):=)

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  3. Olá

    Belo texto.

    :))

    Bom fim de semana para ti e os teus.

    beijocas

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  4. Não gosto de lobos maus nem de Isabel Stilwell.

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  5. Setesois steluas
    Tal e qual também achei:)

    Obrigado e aquele abraço carinhoso de sempre

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  6. Avogi
    Também sempre procedi assim e as filhas recordam a sua infância com magia e tanto amor e calor humano. Hoje fazemos o mesmo com os netos:)

    Eu sempre acreditei no Pai Natal e adoro a magia do Natal e esta crónica é bem real!

    Beijocas e obrigado

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  7. Wind
    também achei, aliás todas as crónicas do livro:)

    Beijocas e obrigado

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  8. Sideny
    Ainda bem que gostaste e bom fim de semana para ti e todos os teus:)

    Beijocas e obrigado

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  9. Observador
    Respeito a tua opinião:)

    Beijocas e obrigado

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