A gata mais velha (5 anos) da filha, a famosa Né, neste preciso momento, foi abatida pelo veterinário.
Como também existe na espécie humana, a Né era muito dócil mas cerebralmente não funcionava muito bem. Não miava como a outra, mais parecia uma buzina e fazia coisas impensáveis. A mais nova é caçadora, passeia pelo quintal, sobe às árvores e não dava trela ao Lucky (cão). A Né fazia um festival com um gafanhoto, visitava a vizinha e amiga dos meus pois sabia que havia lá um biscoito, mas sempre foi muito mais caseira. Com o cão...pois ele queria brincadeira e ela arfava de tão danada que ficava. O seu melhor brinquedo era um pirilampo-mágico e sinceramente nunca percebi o que ela via nele, rebolava com ele, lambia-o, e até adormecia com ele.
Doida pelo meu genro e pela minha neta mais velha. Quando se ausentavam esfregava-se no calçado de ambos. A minha neta deitava-se e ela ficava encostada à sua cabeça até adormecer. Depois eram fechadas no quarto onde tinham tudo que precisavam para uma noite descansada.
Ela já não estava bem e a minha filha teve que sair do país em serviço e eu fiquei de rectaguarda e na terça mal cheguei lá vi que ela tinha piorado 100%. Dei-lhe massagens de forma a ver se tinha dores e não se pronunciou...até adormeceu. À noite avisei o genro e enquanto jantávamos fui dizendo às netas...que tudo poderia acontecer. Como sabes avó se não és veterinária? Porque cresci com gatos e cães e o Pompom teve de ser abatido com 20 anos. Pois avó mas a Né tem cinco. Pois é...mas como sabem no reino animal...não há idade certa para morrer, certo? Amanhã vai logo ao veterinário e vamos aguardar.
Na quarta a filha chegou de manhã e foi logo ao veterinário onde ficou internada! Ontem ainda reagiu por os ver, mas o "exames e tratamento" em nada resultou e hoje quando foram os quatro já não reagiu e o veterinário disse a realidade: não há nada a fazer!
As netas e a filha vieram embora e o meu genro ficou até ao fim dela... pois adormeceram-na para sempre!
Telefonaram-me em pranto: Avó tu tinhas razão, tens sempre razão mas ela não sofre mais não é avó?
Claro...nem ela e nem vocês por a verem sofrer, agora a dor que sentem é o desgosto, mas tudo isso faz parte da vida e sobretudo do vosso crescimento emocional.
Fizeram tudo enquanto ser vivo não foi? Pois agora vamos em frente, embora chorar alivie o desgosto.
Custa tanto!
ResponderEliminarBeijocas
Se custa amiga, se custa!
EliminarAquele abraço
Não é uma situação fácil, Fatyly.
ResponderEliminar:(
Tudo...menos fácil amigo!
EliminarAquele abraço
Ola
ResponderEliminarCusta tanto ter de abater um animal de estimacao, Eu que o diga ainda hoje tenho tantas saudades do meu dingo (pastor alemao) e do meu preto,( um belo rareiro que so faltava falar).
Sabes cada vez gosto mais dos animais.
beijocas e forca para as tuas netas ,ultrapassarem esse grande desgosto.
eu sei amiga e eu do pompom, mas a vida é assim mesmo.
EliminarAquele abraço
Se fosse uma pessoa colocar-se-ia logo um problema moral e ético, como é um animal (irracional), tudo se torna bem menos discutível.
ResponderEliminarO gato mais velho que eu tive aí em Portugal morreu com uns 8 anos de idade vítima duma doença até agora incurável, a Peritonite Infecciosa Felina. Aquilo que eu sofri!
O meu gato durou 20 anos, fez em Julho e em Setembro foi o fim e nem imaginas como se desfez em sangue e fezes da noite para o dia. Gemia, tinha dores e prolongar? jamais!
EliminarSe eu ficar em estado como vejo tantos, quero a eutanásia.
À Né não lhe chegaram a dar a eutanásia, pois ficou-se no começo da pequena anestesia e nem esta acabaram de dar. Morreu com Leucemmia felina aguda e o figado era todo ele um temor maligno ...e surgiu em apenas dois dias. Enfim!
Hoje estive lá todo o dia pois é dia de ir buscar a neta à escola e senti imenso a sua falta porque andava sempre atrás de mim e enquanto lavava o chão era doida por "fazer patinagem" atrás da esfregona:):):)
Aquele abraço