Cheguei ao fim da minha árdua tarefa de "acabar com o mundo material da minha mãe". Guardei e dei o que pude a quem mais precisava. Nada foi para o lixo. Tive a ajuda das filhas e genros. Os "outros" que vivem mais perto levaram apenas o que lhes interessava sem perguntarem se precisaria de alguma ajuda para os dias seguintes. O resto foi levado por uma associação. Foi fácil? Não, claro que não foi e só Deus e eu é que sabemos!
São nestes momentos que as pessoas se revelam e sinceramente tenho mais em que pensar do que ficar com resquícios de sentimentos nocivos e mesquinhos.
Porque a sua locomoção ainda continua comprometida, fui dar uma volta com ela sem a cadeira de rodas e em frente ao mar conversámos muito. Quis saber o destino de cada coisa, embora já note "falhas cerebrais" por tudo que lhe aconteceu e a idade não perdoa. Como é óbvio pouco ou nada lhe disse para evitar mais sofrimento. Respondia-lhe apenas..."está na minha casa"! A casa já está vazia, limpa e entregue a uma imobiliária, porque pode ser vendida sem que precise de autorização dos seus filhos. O contrato que leu foi assinado por si e só isso deixa-me tranquila. Não sabia? pois...nem eu e felizmente que assim é!
Mudei o disco e ainda a fiz rir quando fui buscar um gelado.
No meio desta trapalhada tive na minha casa o senhorio com dois canalizadores. Puseram os canos de água fria e quente por fora o que não me incomoda nada, queria sim era ter água no WC e não andar a tomar banho de caneca. Podem imaginar a "lixeirada"? Não conseguem...mas já está tudo limpo como gosto!
Tenho dormido sempre muito bem sem qualquer fármaco e o barómetro do astral já está no máximo.
Resumindo e concluindo...mi aguardem nos vossos espaços e para todos o meu maior obrigado porque estou...
Há um blogue que se chama 'Reflexos' onde já se nota a tua presença. Bem 'revoltada' à blogosfera.
ResponderEliminarSobre as ajudas, só faz falta quem está. Esta é a grande verdade.
Os que ajudaram estão de consciência tranquila, os outros nem por isso.
Tu, mãe/filha/avó/sogra todo o terreno, fizeste o que a tua consciência determinou.
Uma beijoca com votos de bom domingo.
Ai amigo fui ler o blogue "Reflexos" e vi erros ortográficos e acreditas que o teclado estava a ficar sem pilhas e só dei por isso como comentava? Desculpa lá pá. Sim é verdade, mas a revolta assentou de um dia para o outro e hoje já não a sinto porque não vale a pena marinar sobre o "que não presta". Claro que me custa ver a situação da minha velhota, mas cada dia que passa vai encontrando o caminho certo e tem companhia o que é bom.
EliminarBeijocas e obrigado
Xiiii....Essa coisa dos canos....Às chatices que já me deram estou quase diplomado na matéria!
ResponderEliminarMas pelo menos essas coisas têm sempre resolução.
Nem me fales amigo há anos que luto com isso e as malditas obras na zona envolvente incluindo a rua contribuíram e muito para o entupimento dos mesmos. Agora sim é caso para dizer que finalmente tenho água:):)
EliminarBeijocas e obrigado
A vida é isso mesmo, sem adornos nem retocagens. E é precisamente nessas alturas que se vê quem somos, o que valemos, em que se testa, verdadeiramente, se a dignidade é, ou não, uma palavra vã.
ResponderEliminarFico muito contente por tudo se estar a resolver, Fatyly. Também fiquei contentíssimo por teres voltado, fazias falta, mas isso já é o meu egoísmo a falar. :)
Bem-vinda!
Um abraço :)
Sabes amigo nas "pancadas da vida" que não foram poucas, nunca usei "adornos nem retocagens" e quer comigo e até com os meus sempre fui sempre a mesma, dura e meiga qb e sem papas na língua. Arregaço as mangas e aí vai disto:))))
EliminarNão és nada egoísta e é com imenso prazer que te leio e comento porque andas nos blogues que frequento faz-me muito, mas muito bem e não imaginam o quanto!
Beijocas e obrigado
Minha querida amiga, admiro-te!
ResponderEliminarDesejo que tudo continue a correr bem!:)
Beijocas e um grande xi:)
Está tudo já nos carris e estiveste sempre presente amiga e isso não há nada que pague:)
EliminarBeijocas e obrigado
Gostei muito de ler estas notícias que nos dá.
ResponderEliminarE ao som de uma canção que me arrepia.
Beijocas, boa semana
A poeira está a assentar o que é bom amigo. Esta música acompanhou-me em outros momentos tão difíceis e é de facto muito tocante.
EliminarBoa semana
Beijocas e obrigado
Com calma as coisas se recompõem. :)
ResponderEliminar«São nestes momentos que as pessoas se revelam e sinceramente tenho mais em que pensar do que ficar com resquícios de sentimentos nocivos e mesquinhos.»
Nem mais. As máscaras acabam sempre por cair num momento propício.
Beijinhos, muita força e boa semana!
Fiz tudo mas tudo para que fosse rápido para acabar algo que me fazia doer a alma e amigo consegui mesmo. Claro que sim, as máscaras caem mas jamais fico presa no que é exposto e sigo em frente sem olhar para trás.
EliminarBoa semana
Beijocas e obrigado
Nada consigo dizer a não ser deixar um grande beijinho para a sua mãe. E para si também,, Fatyly, porque calculo que não deva ser uma situação nada fácil de gerir.
ResponderEliminarÉ de facto amiga uma situação "nada fácil de gerir" mas tento fazer de tudo e ela está a ficar a "real minha mãe de sempre". No domingo levei-a a uma igreja sem ela contar. Uma odisseia com a cadeira de rodas mas nada me/nos impediu e lá esteve juntinha ao altar a fazer as suas orações. Há anos que não entrava numa e como deves calcular saiu de lá com a alma cheia. Ontem levei as duas vizinhas e amigas, deixei-as a conversar e fui ver o mar. As coisas estão a acalmar e ela já tem várias tarefas/objectivos como marcar e arranjar roupa de outras colegas o que tem feito com imenso gosto.
EliminarBeijocas e obrigado
Olá amiga, sei bem o que passou porque há seis anos tive de fazer o mesmo mas por uma razão mais triste. A minha mãe tinha falecido ao fim de dois anos num lar. O que me valeu foi o meu marido e o meu filho que tiraram a maior parte das coisas sem eu estar presente. É muito duro mas a vida é mesmo isto. E como se não bastasse, estou agora noutro processo identico: a minha tia, irmã da minha mãe, ingressou há cerca de um mês num lar onde estava inscrita há muitos anos mas por enquanto ainda mantém a casa, mas claro que teve de levar algumas coisas, essencialmente roupas. Agora estamos a levar aos poucos mais roupa, ela vem passar alguns fins de semana a casa e é ela que está a dar caminho às coisas. Estamos a chegar à frente da fila e qualquer dia somos nós.
ResponderEliminarDesejo que tudo se componha e que a sua mãe recupere dentro do possível para poder continuar durante muito tempo a soltar muitas gargalhadas consigo.
Um grande abraço
Pois é amiga o ou os sentimentos que sentia no desfazer da sua casa era uma mistura de que ela já cá não estava mas estava. Por vezes ligava o piloto-automático para parar de chorar e consegui fazer tudo num mês. Agora muito mais calma estou aqui a ordenar os vários sacos e malas cheias de tudo e sobretudo separar a roupa para o Verão que se aproxima. As minhas filhas e genros porque trabalham (graças a Deus) conseguiram tratar da imensa papelada para que a casa fosse entregue para venda, caso contrário não sei, não. Tive imenso apoio moral de amigos e amigas e acho que fiz tudo que era possível e estou tranquila.
EliminarComo está mais perto da minha filha mais velha, quando andam nos treinos do Triatlo passam por lá e dão-lhe um beijo o que aconteceu ontem à noite e a rir contou-me pelo telefone a visita relâmpago e bem suado:)))))
Agora só lá volto na sexta no meu SOS-Avó e irei a pé com a neta mais nova:)
Onde está tem mais companhia a todos os níveis e regras alimentares etc, etc.
Beijocas e obrigado
Beijocas e obrigado