“É tudo à volta de 600, 650, 700, 750 euros. Fora de Lisboa também tenho procurado, o problema é que os preços são todos iguais”, conta Manuela Silva à Lusa, à porta do ‘bungalow’ onde foi provisoriamente instalada com o marido e o filho pela Proteção Civil de Lisboa desde que em outubro foi despejada da casa que vivia, em subaluguer, há cerca de 18 anos.
Manuela, 43 anos, conta que tem procurado alternativas que possa pagar em concelhos como a Amadora, Almada, Barreiro ou Sintra, mas sem sucesso, prolongando a estadia no parque de campismo, no pagamento da qual tem colaborado a Junta de Freguesia da Ajuda e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
“Aparece uma pessoa com um ordenado maior do que o nosso, vão logo dar [a casa] a essa pessoa, temos de ser realistas”, lamenta.
Funcionária do Centro de Saúde da Graça, Manuela e o companheiro, que se encontra desempregado, têm um rendimento conjunto de cerca de mil euros, o que os coloca fora da elegibilidade para uma habitação municipal.
“Disseram que, com os rendimentos que tenho, não dá para a candidatura da habitação social, que é só para quem tem os rendimentos mínimos”, contou."(...)
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A especulação imobiliária é por demais graças a políticos que vivem da política, melhor, do que lhes pagamos, fazendo leis absurdas e a prova está à vista de todos. Sim é verdade que quem tem um imóvel pode fazer o que quiser, mas ver o que eu vejo casas/prédios com 40/50 anos com remendos para "tuga ver" pedem rendas acima de 600€, 3 meses de renda e fiador com rendimentos acima de 1.500€. Basta fazer uma pesquisa e o retrato é de facto preocupante. Sim no interior podem encontrar casa com renda acessível, mas trabalhando em Lisboa o custo dos transportes é incomportável e isto quando estes funcionam. Poderia falar do que tem acontecido por aqui, mas não me apetece porque passar de 300 para 600€ é ganância e sobretudo de senhorios com resmas de casas que me leva a pensar...quem mais tem quer ainda mais.
Mas mais preocupante é o caso aqui relatado, bem como despejos de pessoas com oitenta e mais anos e pior...com contratos que ainda não tinham prescrito nem com rendas em atraso.
Dão subsídios a quem não devem dar, malta jovem que se esfrega nas esplanadas dos cafés, em detrimento de quem realmente precisa, já para não falar da corrupção e da tremenda hipocrisia que existe em muitas associações e outros "ões!
Bom dia- Por respeito, recuso-me a comentar.
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* Da minha Janela, olho o além ( Poetizando e Encantando ) *
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Votos de feliz fim de semana.
Compreendo e respeito!
EliminarBeijos
Quando a ADSE solicita a uma senhora, com 91 anos - repito, 91 anos - para "renovação" do cartão que lhe dá direito aos respectivos serviços, a apresentação de vários documentos - será que não têm JÁ todos os necessários? -, quando solicitam comprovativo de que a senhora não recebe subsidio de desemprego - desemprego, aos 91 anos?!... - está tudo dito.:(
ResponderEliminarBeijinho.
Está tudo dito mesmo! Tristeza mesmo!
EliminarBeijos
Desculpa! Merda de país!
ResponderEliminarBeijocas
Não tenho nada a desculpar porque tens toda a razão. Sinto o mesmo!
EliminarBeijos
Isto da habitação tem muito que se lhe diga... e não há inocentes. Há que começar tudo de novo. Por exemplo por "expulsar" as empresas de Lisboa e Porto e mandá-las para o interior. Nomeadamente aquelas que, graças às novas tecnologias, tanto podem estar instaladas no Saldanha como em Barrancos e, por consequência, tanto faz que os seus empregados morem em Massamá como noutro local qualquer. Não querem? Então que paguem ainda mais impostos. Ou, também, que se taxem fortemente ou proiba mesmo os estrangeiros de comprar casa em Lisboa obrigando-os a procurar nas zonas rurais...
ResponderEliminarO problema da habitação em Lisboa e nos grandes centros começa aqui. No interior. Enquanto todos os anos 90% dos alunos da Escola secundária saírem daqui para não mais voltar a questão nunca se resolve. Mas se continuarmos a achar que isto vai lá penalizando senhorios e proprietários, então força...que daqui por dez anos estaremos muito pior!
Concordo totalmente e acrescentaria apenas mais uma coisa: já que andamos numa de limpeza sem fim à vista porque a justiça é lenta, que o Ministério Público faça uma verdadeira inspecção a administradores de falências de muitos empreiteiros e suas empresas.
EliminarBeijocas e obrigado