sábado, 2 de julho de 2022

A tradução do post anterior

 Depois de tanto "ximbicar"(remar à vara, espetando o bordão no fundo do rio),

encostei na margem o meu "ulungu"(canoa) e entrei no "muxito"(mata junto do rio).
Fui até ao "dilombe"(pequeno santuário) a ver se um "cazumbi"(duende)
pudesse fazer em mim uma "kipa"(magia que concede o poder da metamorfose).
Cansada recostei-me na velha "mulemba"(figueira africana bem frondosa)
e de "mataco"(cú) no chão esperei pelo "kimbanda"(especialista da magia)
e o seu "milongo"(remédio). Mas nada!

O meu pensamento foi "sembar"(dançar) e "singuilar"(passar a noite a conversar)..

- "Avilo"(amigo) quero "bazar"(fugir) porque estou com "bufunfa"(medo).
- "Avila"(amiga) qual é a "maka"(questão, conflito)? Vem cá "quilumba"(rapariga)
pois estou "banzo"(admirado, aparvalhado).
- "Dikamba"(amigo,companheiro) abraça-me e leva-me para a "kubata"(casa)
onde está a minha "minzangala"(juventude)!
- A tua? não, a nossa! Tupariova" (merda), vamos "mazé" (mas é) ver o nosso "cassuneira" (espécie de cato que chega a atingir 4 m de altura)e guarda este "jimbamba"(búzio) que te ajudará. Não "xingues" (praguejar) mais, doce "quilumba" (moça).

Adormeci!



6 comentários:

  1. Conclusão:
    Para "ximbicar" é preciso uma vara comprida.
    Para rezar no "dilombe" qualquer crença serve.
    Para ter sempre um "avilo" comigo, vou pedir ao "kimbanda" que me faça uma "kipa"...

    Acho que estou apta a entrar em qualquer "kubata" sem deixar ninguém "banzado".

    Beijokas domingueiras.

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  2. Eu não digo que estamos sempre a aprender??
    Beijos, boa semana

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