domingo, 2 de agosto de 2009
Apliques de uma Cubata
À Beira do Abismo
Além
muito além
do horizonte indefinido
do cinismo
Vive ainda alguém
Amado
Desejado
Querido
Que nunca morrerá
à beira do Abismo
João Moutinho in "à Flor da Pele", pág 16
Haiku
Rochedo na praia -
devagar, as pequenas ondas
o rodeiam, sem luta.
Manuel Filipe in "O Sol nos Olhos", pág 27
Marcas
E se a dor se visse?
E se no corpo ficasse marcada
A intensidade, a duração do golpe?
E se por cada dor se formasse uma ruga
Uma estria, uma cicatriz?
As ruas ficariam cheias de monstros ambulantes
E fecharíamos os olhos horrorizados
Com a visão da dor alheia.
Encandescente in "Palavras Mutantes", pág 61
***
A vida é uma pesca constante
num mar de emoção
a cana é o gesto
a linha a direcção
o isco o efeito
saibamos dar a mão
num rochedo gratificante!
Fatyly - 2/08/2009
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Andas nas leituras...
ResponderEliminarEu não encontro muito tempo para elas!
Hoje provavelmente irei para os teus lados! passear.....
Boop
ResponderEliminarJá os li há tempões e marco os que mais gosto e publico:)
Fazes bem, mas aviso-te que está uma ventania do caraças, o sol queima que se farta e mal se põe fica frio. Olha os agasalhos dos piquenos:)
Boa passeata:)*
Belos poemas que escolheste, incluindo o teu:)
ResponderEliminarA vida pode ser de "marcas", mas também de pequenas coisas boas:)
Beijocas
Em cada canto uma verdade.
ResponderEliminarWind
ResponderEliminarsem qualquer dúvida e subscrevo as tuas palavras:)
Observador
e uma verdade sentida!
Beijocas e um resto de bom domingo
Olá
ResponderEliminarAmei os poemas, especialmente " Marcas", tocou-me.
Bjs.
Mona Lisa
ResponderEliminarTenho saudades desta grande poetisa e escritora que comecei a ler o seu blogue (que acabou) e depois vieram os seus livros pequenos mas que merecem ser lidos!
Beijos e obrigado
Bem legal estes poemas. E o teu que diz: "A vida é uam pesca constante". Pois é mesmo.
ResponderEliminarQeu paz deve estar sentindo esse homem da foto.
Beijinhos e boa semana.
Odele
ResponderEliminaré mesmo, mas gabo a paciência destes pescadores que rendilham a costa portuguesa por vezes em falésias bem perigosas. Há tantos avisos mas são afoitos demais!
Beijocas e obrigado pela tua presença
Gostei dos poemas.
ResponderEliminarMas aquela praia com palmeiras e aquele por do sol, adorei.
:)
Beijocas
Sideny
ResponderEliminarAinda bem que gostaste e aquela praia com coqueiros é da minha Luanda e está na mesma:) e foi-me enviada por email:)
Beijocas e obrigado
A vida é feita destas pequenas quadras...
ResponderEliminarUm beijinho para ti
Fiquei aqui um tempo vendo a foto grande que ilustra teu blog e que li no teu comentário,é de tua Luanda. Linda a tua Luanda!
ResponderEliminarDesculpa pelos erros de digitação de meu comentário anterior.Que falta de atenção a minha.
Beijinhos.
Mfc
ResponderEliminaré verdade meu amigo:)
Odele
Não te preocupes com os erros, também os dou:)
Quando recebi a foto fiquei tempões a olhar para ela e a relembrar o que foi aqueles tempos deliciosos. Quem me mandou voltou para Luanda há uns anos e de vez em quando manda-me fotos de locais onde passámos a nossa juventude. A foto não é dele e segundo ele são tantas as que tira e que lhe dão para enviar aos amigos, que nem ele sabe já de quem é:)
Ficou a promessa de tirar uma foto (noutra localidade nos arredores de Luanda) a uma "mulembeira" onde a malta gravou os nomes, já que o seu enorme tronco estava cheia de gravações e ainda resiste:)
Beijocas e obrigado pela vossa presença
Querida Fatyly
ResponderEliminarBonita partilha e maravilhoso o teu poema.
beijinhos.
Vicktor
ResponderEliminarObrigado:)
Beijocas