terça-feira, 4 de agosto de 2009

Eu e os animais!




A semana passada ocorreu-me algo tão insólito!
Que farias se visses um bode na tua direcção em alta correria?
Aprontei-me para ir fazer um exame. Saí do prédio e começo a subir o passeio e vejo um bode. Por segundos pensei, estarei doida? Recuei e entrei de novo no prédio. O lindão parou e marrou nas caixas do correio, no vidro e gritei: oh pá vai lá à tua vida, xou! Parou e voltou para trás na mesma correria. Espreitei, saí e lá estava ele a marrar num carro. Vi uma vizinha a sair do prédio no passeio contrário e gritei-lhe: Cuidado com o bode! Pela cara da mulher pensou (o que depois me confirmou numa risada pegada) a Dª. Fatyly endoidou de vez, mas mal viu o bode abrigou-se no café!
Numa tentativa de "abrigo ou saída", o bicho marrava em tudo que era porta ou montra que se fechavam mal ele passava. Desnorteado desceu a outra rua com quatro homens atrás dele e quase no fim, foi surpreendido por dois polícias e mais quatro homens. Arrepiou caminho e atravessou a estrada, quase apanhado por um carro, e saltou para dentro de um quintal. A senhora nos seus 86 anos gritava da janela porque tinha um cão atrás da casa, os homens junto do muro nada podiam fazer e lá se pegaram cão e bode. Tentavam sim acalmar a senhora e para que ela não viesse para a rua!
Fui fazer o exame e quando voltei lá continuava o bode no quintal (nem sequer me abeirei) e o certo é que conseguiu saltar para o outro quintal e deste novamente para a rua e aí a policia conseguiu “adormece-lo com algo especial, já que não queriam matar o bicho”. De quem era o bode e de onde conseguiu fugir, não sei, só sei que realmente o pobre animal estava bravo e completamente desnorteado. Aqui bem perto existem duas quintas com ovelhas e cabras, quando passo por lá fico a apreciá-las mas nunca imaginei ver um bode na minha rua…tal largada de touro em aldeias como por vezes vejo na televisão, que rio à gargalhada porque o animal anda à solta e ninguém lhe faz mal!
O papagaio “o meu namoado” como diz a minha neta, só aparece quando lá estou e numa barulheira para se fazer "notado"!
No paredão da praia ou na rua cães e gatos abeiram-se de mim, por vezes faço uma festa e lá seguem caminho.
Se estou a comer uma sandes, quase sempre vem um pardal mais atrevido e depenica o pão, para não falar de uma gaivota que um dia levou-a num ápice!
Há uns dois anos num dos muitos passeios que dou, vinha numa estradinha da Malveira, com chuva "molha tolos", reparei nos sinais de luzes que me faziam. Numa curva e já parados, um carro, branco, um jeep, o meu e atrás outro. Uma vaca leiteira a andar calmamente no seu baloiçar! Passa o 1º e o segundo carro, parou ao lado do meu e farejou, ou melhor lambeu o vidro do meu lado num shuappps que até o carro estremeceu! Apareceu um rapazito a gritar por ela e que a levou tranquilamente pedindo desculpas a todos num sorriso tão encantador!
O que conto é uma pequenina amostra da minha vida com animais!
Agora um bode desnorteado nunca me tinha acontecido!

20 comentários:

  1. Que lufada de ar fresco, este teu post.
    Ri-me a bom rir e a imaginar-te, sem te conhecer, a correres, sacares da carteira um lenço vermelho e fazeres-te ao bode.
    Eras bem menina para isso.
    Que mais te vai acontecer?
    Se até gaivotas te roubam.

    Os exames correram bem?
    Tudo bem com os teus?

    Um abraço.

    ResponderEliminar
  2. Ehehehehheh

    Isso é que foi um filme aí na rua:))

    Olha as danadas das gaivotas.
    Tadinhas teêm fome,ehehehe

    Adorei este post.

    beijocas

    ResponderEliminar
  3. Gargalhadas, essa do bode está demais.lololol
    Se os animais se aproximam de ti é porque sentem que gostas deles:)
    Beijocas

    ResponderEliminar
  4. Porque tens mel e os animais sentem, como sentem!...
    Meu beijo de saudade.
    Que tudo esteja bem contigo e com a tua Prole agora maior e ainda mais bonita :)

    ResponderEliminar
  5. Fatyly

    Já vejo bodes por tudo quanto é sítio.

    Fiquei com uma dúvida, uma vez que os intervenientes eram alguns.

    Quem é que marrava em quem?

    :)

    ResponderEliminar
  6. Como me diverti ao ler estas histórias com animais.
    De facto, para além do pequeno susto que foi ver o bode a marrar por tudo quanto é sítio, o episódio visto daqui, foi mesmo hilariante.
    Também poderia contar algumas. Como por exemplo, ir a circular de automóvel numa das artérias cá do burgo e ver, uns metros à frente do carro, a correr preseguido por alguns homens, nem mais nem mesmo do que...um camelo. Sim era mesmo um de quatro patas e duas bossas e não um equivalente humano desses que por aí abundam a chatear-nos a molécula.Depois vim a saber (pelos jornais) que o mamífero tinha fugido de um circo.
    Ou, então, o caso de um perú que atacou à bicada a porta resplandescente do carro do meu pai, que tinha sido pintado há dias. O animal viu um concorrente "do outro lado" e não gostou, Vai daí, lá vai molho. E o dono do perú teve de pagar a pintura da porta da viatura...

    ResponderEliminar
  7. Se não fosse contada por ti... não acreditava!

    ResponderEliminar
  8. Kao
    eu não tenho medo dos animais e jamais em tempo algum pôr-me a "tourear" heheheh porque um animal em fúria é sempre muito perigoso. Teno imensas cenas hilariantes com os animais:)
    As gaivotas e eu nunca nos demos muito bem, porque elas (tadinhas) são as aves mais porquinhas e "ladras" que vi e na praia, sobretudo porque vou bem cedinho ou ao fim da tarde elas são muito afoitas e descaradas:)
    Os exames são a "revisão dos 600.000kms":) e até agora está tudo bem.
    Os meus estão bem e o pequenino é o come e dorme!

    Sideny
    foi um filme e peras e aqui todo o mundo fala do bode e dos seus coices e marradas. O que me admira é que tanto homem, nenhum foi capaz de o apanhar, isto digo eu porque não faço a mínima ideia se isso seria possível!
    As gaivotas? fome? são como os gatos se lhes deres de comer 50 vezes eles comem, e são muito descaradas.

    Wind
    é um facto, eu também gosto deles e o pior de tudo é mostrarmos medo, mas o estado do bode não era recomendável e se eu ficasse parada no passeio levada uma cornada:) e daí até podia acalmar-se, mas não sou Tarzan e não arrisquei:)

    Beijocas e obrigado pela vossa presença nesta partilha

    ResponderEliminar
  9. Cris
    está tudo bem e espero que contigo também esteja tudo a correr pelo melhor, força garota linda:)

    Observador
    Oh meu amigo, dos bodes que falas há carradas por aí e não se sabe para que lado estão virados e triste é que no meio deles surjam os expiatórios...
    ESte pobre coitado, marrava em tudo para encontrar abrigo de tão assustado que estava:)

    Peciscas
    Um camelo? tadinho e é algo que me assusta quando vejo nas jaulas os animais do circo, porque se fogem é uma carga de trabalhos. Acho que há tempos para a zona de Setúbal fugiram dois leões...possa e lidar com eles na sua vida selvagem é bem diferente do que os criados em cativeiro!
    Essa do perú fez-me rir até às lágrimas...não gostou de se ver ao espelho e imagino o teu pai, coitado:)

    Mfc
    obrigado meu amigo pelo teu voto de credibilidade. Estou à espera da saída do jornal da região, que segundo dizem vai ter um artigo e se assim for pelo menos vou ver se consigo mostrar o bode que falam ser de uma raça Maltez (não sei e nem conhecia) mas era grande e lindissimo, pena foi o pavor do bicho!

    Beijocas e obrigado pela vossa presença nesta partilha

    ResponderEliminar
  10. Podia estar melhor, Mãezona, bem que podia, sim! :(((
    Beijos mil para ti e os teus, minha Querida.

    ResponderEliminar
  11. Não sei o que fiz :((( e não consigo "por no ar" o teu comentário, Mãezona.
    Desculpa, pf.
    Magoaram-me demais. Tanto que nem sei :(
    Eu ia apagar o blog mas a minha filha mais velha disse que se zangava comigo. Que eu me acalmasse e que "nada do que disseram" me pode deixar assim. Já tenho demais com que me preocupar, demais!
    Sou de ímpetos, conheces-me. Ontem foi o desabar de algo que imagino adivinhes :(((
    Bolas para mim que não aguento, nesta altura, não é pieguice, não é, juro que não, mas por tudo, jamais faria algo idêntico a alguém... a um Alguém a quem dei tudo!
    Nada tenho a esconder, Mãezona, tu sabes. Agora, magoarem, isso não, não aguento. Noutra altura, talvez mandasse esse alguém às favas, mas, tal como andamos, aqui :((( foi por demais e desabei.
    Já está abero o espaço, não consigo é que o que fizeste, apareça. Malvado sapo!

    Perdoa o desabafo aqui, no teu espaço.

    Queria um abraço teu, acredita!
    Tua fiota, Cris

    ResponderEliminar
  12. tinhas era que pegar o bobe pelo cornos.

    ele estava em panico e isso fez com que ele fosse agrassivo, depois como estava todos a tentar o cercar foi ainda pior.
    eu se estivesse aí tenho quase a certeza que o pegava. ou não levasse já eu marradas de bode, bode que tinha o meu avô materno, que depois fiquei a dominar


    beijos e abraços amiga

    ResponderEliminar
  13. Cris
    Há momentos na vida bem sufocantes mas tudo tem uma saída e tens que arranjar forças para te aguentares na tona da água e colo? terás sempre. Força que amanhã será outro dia

    Setesois
    Eras homem para isso, eu sei, e claro que o bicho estava apavorado pela "perseguição" e eu pegar pelos cornos? Com uns anos a menos talvez o fizesse, e aliás eu dentro do prédio falei e ele parou a olhar como a dizer: deixa-me entrar...mas voltou a fugir.
    Sou doida mas não abuso e nada pior que um bicho apavorado! Um homem tentou mas e os coices? enfim... podia ter ferido alguém mas felizmente nada disso aconteceu!

    Beijocas e obrigado pela vossa presença

    ResponderEliminar
  14. Ai ai, um bode Fatyly?! rsrsrs.
    Mas vê-se que tens afinidades com os animais jáque eles estãosempre te rondando. São encantadoresos animais e quando se temum emcasa,criam um vínculo de afeto conosco que chega a ser impressionante. Adorie esta tua crônica tão simpática.

    Beijos!

    PS. Vai chegar daqui a minutos, o técnico para me arrumar a Internet sem fio que pifou faz uns dias. Sem ela, fica difícil usar o PC no quarto de Flavia.

    ResponderEliminar
  15. que giro Fatyly ...

    tão terno e emocionante ...
    já aqui moro há uns 25 anos .. e até há uns 10/12 anos atrás ... continuava a ver pastores passeando com as suas ovelhas ... pela minha rua ... à noite ... os coelhos .. passeavam calmamente ..
    hoje tudo isso acabou ... é só carros e poeirada ...

    beijinhos

    ResponderEliminar
  16. Odele
    agora disseste tudo, há qualquer coisa que os faz abeirar de mim, mas calma lá minha amiga, bode em fúria é pior e uma marrada não sei não:)
    Também tive durante vinte anos o meu gato Pompom, mas agora não quero mais nenhum!

    Isabel-F
    Aqui na minha rua não via nenhum animal, mas na zona envolvente havia imensas quintas e muito pasto e por vezes ia com as minhas filhas ver as vacas, ovelhas, cavalos. Mas o betão venceu e só restam duas apenas com ovelhas e cabras, mas localizadas perto de uma via rápida!
    Uma tristeza!

    Beijocas e obrigado às duas

    ResponderEliminar
  17. Um bode, Fatyly?
    Tens a certeza que não era o Manuel Pinho :)))

    Um grande Kiss, Kiss!!!

    ResponderEliminar
  18. Querida Fatyly

    Quase que um "encontro imediato" nos tempos que passam especialmente para as gentes citadinas...

    Aqui no meu burgo, a freguesia de maior crescimento no município, onde o cimento quer de tudo tomar conta, à beira de onde moro, pasta tranquila e diariamente um rebalho de cabras...

    Um bode (como dizíamos em pequenos "barrela") muitas cabras e cabritinhos... É um autêntico regresso "ao campo".

    Não deixa de ser agradável esta tranquilidade...

    Beijinho.

    ResponderEliminar
  19. Fatyly...isto está melhor do que programa de auditório com cómico dos bons...e além, do mais escreves que é uma gostosura...Boas risadas já dei...um bode?Imagino que pensastes estar delirando pois nada mais imcomum....delicia de estória...beijocas

    ResponderEliminar
  20. Francis
    ahahahah se fosse o Manuel Pinho era domado na hora:)

    Vicktor
    Conforme disse ainda resistem duas quintas nas redondezas, mas longe vão os tempos em que havia mais, já que o betão tomou conta de tudo, mas um "encontro imediato" desta natureza nunca me tinha acontecido:)
    Nada como vivermos no "campo" e quem me dera!

    Vi Leardi
    Foi por demais e ainda rio à gargalha quando recordo a cara da minha vizinha quando gritei para ter cuidado hehehehehehe

    Beijocas e obrigado pela vossa presença

    ResponderEliminar