Numa altura em que as dificuldades económicas parecem afectar cada vez mais portugueses, muitas vezes sem dinheiro sequer para comer, o presidente da União das Misericórdias, Manuel Lemos, veio contrariar esta ideia, garantindo, em entrevista ao jornal “i”, que, embora o número de pedidos de ajuda seja o dobro de há dez anos, «em Portugal só passa fome quem quer».
Embora reconhecendo que o número de pessoas apoiadas é hoje em dia o dobro daquele que se verificava há dez anos, atingindo as 150 mil pessoas dia, Manuel Lemos garante que, muitos dos casos de pobreza actuais devem-se, sim, a «desconhecimento» e «vergonha».
«Em algumas zonas urbanas e bairros sociais [a fome] é um problema, sim. Mas também digo que, em Portugal, só passa fome quem quer. Há quem passe fome por desconhecimento da presença de cantinas sociais e temos também os casos de pobreza envergonhada que preferem não pedir ajuda. Mas não é por falta de resposta», afirma o mesmo responsável, reconhecendo, contudo, que nos últimos anos se verificou «um conceito mais alargado de pobreza, de quem teve de mudar os seus padrões de vida».
Ainda assim, o presidente da União das Misericórdias defende que ser pobre «é uma questão de autoestima, acima de tudo», dando como exemplo pais desempregados que continuam a vestir-se como se fossem para o trabalho só para que os filhos não notarem diferenças ou aqueles que vão a cantinas sociais e evitam e exposição da família.
De: Diário Digital
Durante dois anos acompanhei o "calvário burocrático" com dois casais na maior das misérias, na Junta de Freguesia onde se inicia todo o processo...é caso para dizer uma asneira...mas não digo. Um dos casais faleceu há dois anos e o outro foram para o país da minha vizinha, onde estão bem melhores.
O cabaz dado mensalmente pela Diaconia local era UMA VERGONHA e não fosse eu e mais cinco vizinhos dos vários prédios...morriam sem qualquer DIGNIDADE!!! Associações da treta...mas os "coitados tinham medo de falar" porque poderiam ficar sem o pouco que lhes davam". Foram-se embora e eu pus a boca no trombone que até o padre ficou pálido pois desconhecia. Desconhecia??!!!! Jonet também ficou a saber de tudo!
Pois é Sr. Presidente é tão bom falar de BARRIGA CHEIA!!!
Também faço referência ao que este 'camarada' disse. Feio, muito feio.
ResponderEliminarNão lhe dou tanto espaço, apenas a frase que configura a cretinice.
Beijocas
Acredita amigo que fiquei boquiaberta...e tão furiosa que me apetecia falar com ele pessoalmente...ó valha-me Deus...é com cada cretino que até metem dó e é este género humano presidente da União das Misericórdias? Possas!!!!
EliminarUm abraço
Acabei de comentar aquela frase no blogue do caro Observador, mas não me importo de a repetir aqui, achei que talvez, talvez, porque não sei se realmente assim acontece, a coisa fosse no sentido de existir por aí em determinados locais, nomeadamente restaurante e super/hiper-mercados, comida que se deita fora quando daria para alimentar muita gente. Comida boa. Talvez o senhor não tenha o dom da palavra e se tenha expressado mal. Não sei... Ou então está apenas a fazer o seu papel, isto é, que existem instituições que, sim senhores ajudam, mas muita gente tem vergonha de assumir o seu actual estado de pobreza. O que não deve ser nada fácil. O passar de ter uma vida razoável e de repente nem sequer poder pagar os livros aos filhos, comprar comida, pagar a renda.
EliminarEste é um assunto que me aflige, trata-se de pessoas, da dignidade das pessoas...
Existem restaurantes e hiper-mercados que dão tudo o que sobra, comida boa. Mas não dão directamente a quem lhes bate à porta, excepto se for um sem-abrigo conhecido. Aqui temos vários que dão aos Bombeiros e a Associações que depois fazem a distribuição dos já referenciados cuja esmagadora maioria é através da Junta, onde a papelada pedida é um grito à dignidade. Como organismo público não poderiam pedir?
EliminarHá muita coisa que está mal feita e a fome - coisa por que já passei é todos os dias e até terem a ajuda por vezes passam semanas.
Eu passei, tinha uma vida razoável, a guerra destruiu. Brasil-vida tão precária, que se era para passar fome voltaria à minha terra. Escalei Lisboa, fiquei por ter sido imensamente parva em ter acreditado no que não devia...e fiz-me à vida.
Não é fácil passar do 8 para o 80 em termos de precariedade...e quando estes senhores proferem discursos destes deveriam ter muito cuidado...porque ainda há muita pobreza envergonhada, muita dor, muito sofrimento...e daí para o crime é um pulo!
Aflige-me imenso Maria e nem podes imaginar como, porque só passando por ela é que temos a real noção. E as crianças? como é possível em 10 anos terem destruído um país e já são perto de 3 milhões de pessoas com fome e sem nada, dos quais setecentos mil sem emprego nem apoios e ainda querem que nasçam mais crianças?
Enquanto o povo come a surrapa os "donos disto tudo" comem caviar e o resto são balelas!!!!
Um abraço
Boas amiga, como já foi dito aqui em cima este cromo não merece as palavras feias que lhe queiram chamar, ( quer dizer aqui não seriam feias, afinal aqui na nossa zona chamava-mos nomes á santa mãe dele,) mas adiante.
ResponderEliminarSe tu conheceres uma santa casa, que de santa não tem nada, que verdadeiramente ajuda quem precisa ganhas um prémio, grande parte dessas instituições são para, não diria ricos, mas quase.
Eu não sei de que zona do pais ele é, mas convidava-o a passar uma noite nas ruas do Porto, ou em Lisboa, estou certo que mudava de opinião.
Vivo numa terra que se pode chamar de aldeia, aqui 40% da população perdeu o emprego, muitos a maioria teve de partir para esse mundo fora, outros que ainda têem trabalho recebem o vencimento aos poucos, somos das zonas do país onde á mais suicídios, enfim só desgraças, aqui temos o habito da partilha, pois se assim na fosse era bom e bonito, mas mesmo assim, ainda existe uma cantina financiada pela junta de freguesia que dá alimento a muita gente, e muita gente aqui são mais de 100, o que numa população de 9000 habitantes já tem algum significado.
Mas mesmo assim ainda há quem passe fome, pois por vergonha não pede ajuda, deixam os supermercados fecharem e vão lá ao lixo. tenho vizinhos muito pobres, pobreza que muitos pensam que já não exista, mas aqui ninguém passa fome, pois jamais algum vizinho o permitia, e não precisamos dessas merdas do banco alimentar para nada, (não precisamos , nós aqui claro) aqui toda a gente cultiva a terra e terá sempre algo para partilhar.
Mas concluindo mesmo que possa não ser entendido pelas minha palavras, como dizia o outro pimenta no c... dos outros para mim é refresco, era o que esse desqualificado merecia ouvir, para além de outras coisa feias claro.
Aquele abraço amiga.
Conhecendo eu a pessoa que tu és quer aqui, quer fora daqui, subscrevo tudo o que dizes, tiro-te o meu chapéu e aplaudo de pé.
EliminarTenho imensa raiva desta gentinha que não largam a poltrona vermelha e os seus gabinetes e vomitam coisas como muito conhecedoras de tudo.
Aquele abraço amigo e beijos aos teus
Ninguém é pobre porque quer nem passa fome só por não lhe apetecer procurar comida. Não é da natureza humana. Já o oportunismo, esse sim, está-nos no sangue. E esta crise tem revelado muitos oportunistas...de todas as classes sociais!
ResponderEliminarOra bem é isso mesmo...e o que há mais em Portugal são parasitas misericordiosos!!!!!
EliminarBeijocas e obrigado
Este tipo merecia ser esbofeteado, Fatyly.
ResponderEliminarEstúpido!
Beijocas
"esbofeteado pela pobreza, pela fome, pelo não ter nada de um dia para o outro, perder o poleiro dourado" e estúpido é a palavra certa!!!!
EliminarBeijocas e obrigado
Ele é do tempo em que uma sardinha dava para quatro pessoas. Fome? Hoje em dia há fome? 40 anos depois continua a haver fome em Portugal? O povo português está constantemente a ser enganado pelos que prometeram tudo de bom.
ResponderEliminarSim voltámos aos tempos do antigamente, infelizmente e há fome MESMO!
EliminarBeijocas e obrigado