sábado, 21 de março de 2020

OBSERVANDO DA MINHA JANELA FAÇO UM APELO AO JOVENS E VELHOS

Muitos dos portugueses apelam e ou dizem que no tempo da ditadura é que era bom, sem pensarem e darem valor à LIBERDADE.
Muitos dos portugueses continuam presos ao passado sem saberem viver o presente.
Muitos dos portugueses agem apenas em prol do seu umbigo sem se preocuparem com quem os rodeia.
Muitos dos portugueses vivem de fachada fechados nos seus castelos de marfim.
Muitos dos portugueses exigem serem bem recebidos/acolhidos nos outros países mas recebem/acolhem tão mal quem procura estabilidade no nosso país.

Digo isto num momento em que existe uma pandemia a que deram o nome de COVID19 em que toda a comunidade mundial de cientistas e profissionais de saúde se juntaram para o combater. Os países desde os mais ricos aos miseráveis vão aprendendo uns com os outros e os governos a tomarem medidas restritivas de circulação de pessoas e não só.

Era jovem quando derrubámos a ditadura e conquistámos a liberdade. Muitos da minha geração não souberam restringir e dizerem um NÃO aos filhos...hoje jovens adultos que desvalorizam tanta coisa. Deram mais? Eles exigem ainda mais.

Hoje este desabafo que aqui deixo não é para julgar ninguém mas sim um apelo aos jovens e até aos 40/50 anos que agora sabem e têm de cumprir um ínfimo do que é ter falta de Liberdade.

São vocês, quer por irreverência quer por estupidez que hoje um polícia mandou-vos para casa e vocês resmungaram, que podem ser portadores do virus sem saberem e transmitirem a outros com destino fatal. Não parei mas conheço quatro e os pais que estão a trabalhar pensam que os filhos estão em casa. Não são crianças. Com 17/18/19 anos e munidos de todas as tecnologias sabem o que se está passar por cá e pelo mundo e sobretudo não estão de férias numa de bué fixe e não há nada de bué que vos toque.

Também sei que a classe que mais prevarica as medidas impostas são os muito mais velhos cuja teimosia não os demove de nada como também ouvi dizer: já vivi muito e se morrer pouco importa ao que eu respondi: mas é de evitar porque já basta se um dia tiver de dar trabalho aos profissionais de saúde, hoje não pf pois estão bem cansados/esgotados/tristes. Percebeu? Tem razão sim senhora e olhe não via a coisa desse prisma. Obrigado.

Também nunca vi tanta voltinha com os cães quando antes só iam de manhã e ou à noite ou até nem iam.

No geral tiro o meu chapéu aos portugueses por terem acatado as instruções do governo para bem de todos nós.

16 comentários:

  1. A falta de bom senso é transversal à sociedade. Não me parece que sejam apenas os jovens e os velhos os mais prevaricadores. O que sucede é que eles estão na linha da frente perante o foco da comunicação social. É fácil criticar os outros, sentados no nosso comodismo. É fácil apontar o dedo, até porque esse mesmo dedo não se olha ao espelho.
    Amiga 'TIR', desculpa o desabafo mas é o que penso e sabes que me habituei a dizer o que penso.
    Cuida-te e cuida dos teus.
    Forte abraço!

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    1. Respeito na integra as tuas palavras mas digo-te que o que escrevi não foi um apontar de dedo a ninguém e muito menos influenciada pela comunicação social. Não faz parte de mim o ser de "Uma Maria que vai com outras. Foi o que constatei da minha janela e presencialmente quando fui ao pão.
      O meu comodismo é trazer o pão ou algo mais que me pedem. O meu comodismo é ajudar os mais velhos do que eu a trazerem os sacos quando os vejo a cambalear. Agora mesmo fui deitar no lixo de uma vizinha que mora no 3º.andar. Sim amigo há muito comodismo mas eu ajudo até onde os meus braços chegam e quando tenho de sair e me deparo com as situações que relatei.
      Diz sempre o que pensas e sentes e agradeço que não leves a mal o que agora te respondo, certo?

      Que tudo esteja bem com os teus e cuida-te pf.

      Abraços

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    2. Por que motivo haveria de levar a mal?
      É um privilégio ter-te como amiga, ainda que virtual.

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  2. Os mais novos cá de casa adaptaram-se facilmente.
    São boa gente. Percebendo o porquê - cumprem!
    Por estes lados não tenho visto muita gente na rua (na verdade nem a mim!!!)
    E já não vou a Lisboa há quase 1 semana.
    Há que aprender que a liberdade é uma coisa interna. Não é por estar em casa que se a perde. Especialmente nos dias de hoje!
    E saiam sim, para esticar as pernas, desde que cumpram as regras!

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    1. Os meus também adaptaram-se lindamente e aos dois mais novas com a devida explicação por parte dos pais.
      Vou ao pão às sete da manhã e vejo no mínimo uma ou duas pessoas.
      Na frutaria que fui depois do almoço havia mais mas só entravam duas pessoas de cada vez. Foi quando ajudei alguém a trazer os sacos pois mora no fundo da minha rua.
      Quanto à liberdade concordo contigo mas muitos não sabem o que foi viver na ditadura e com isto sobretudo as netas mais velhas já disseram como é difícil estar em casa e que agora percebem o que eu passei em contextos diferentes mas que não podem fazer o que querem. Também esticam as pernas porque têm quintal que passou a ginásio etc, etc.

      Não sou contra o sair e isso já é com os pais e filhos. Eu saio sim cumprindo sempre as regras.

      Abraços

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  3. Hoje olho através da minha janela e não vejo ninguém na rua. Parece que o bom senso imperou finalmente. Inclusive os jovens que, na maioria das vezes, não obedecem a determinados limites, parece que agora já se aperceberam que o coronavírus não é uma brincadeira.

    Haja Paz, solidariedade, e força para obedecer pacificamente a regras determinadas por quem nos governa em função da Pandemia que está a atacar o mundo

    Bom fim de semana

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    1. De tarde ainda vi um casal a darem uma voltinha mas de resto só oiço a pardalada e rolas:)

      Vai correr tudo bem porque nada é eterno.

      Abraços e bom fim de semana

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  4. Não saímos de casa desde o dia 7 que estive nas urgências do Hospital de Santa Maria por causa do transplante. Tomo conta da neta bebé com 7 meses, e agora também da mana que deixou de ter aulas. A mãe vem trazê-las antes de ir para o hospital e antes de vir buscá-las compra-me o pão, a fruta ou qualquer outra coisa que precise. Temos todos os cuidados mas dada a profissão dela, estamos como se costuma dizer com o coração nas mãos.
    Abraço e saúde.

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    1. Para além dos teus problemas de saúde tomas conta das pequeninas e como te compreendo o sufoco que sentes "com o coração nas mãos" mas acredita que tudo irá correr bem. Também eu vivo essa realidade sem ver qualquer neto mas as filhas trabalham igualmente em zonas de alto risco.
      Agora não posso ver se a minha mãe é bem tratada, se cumprem com todas as regras...dizem que sim e tenho de confiar mas jamais descansada.
      Força para todos vós e um bom domingo

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  5. Como sempre, atenta a tudo.
    Quanto aos alvos das tuas preocupações, uns, com uma vida já muito preenchida, custa-lhes a aceitar uma situação destas, até agora só existente nos filmes; os mais novos, por sua vez, têm pressa de viver, e tendem a desvalorizar. Mas eles acabam por cair na real, Fatyly.
    Continua a cuidar de ti e dos teus, como sempre fizeste questão.

    Um beijinho :)

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    1. Continuo atenta e continuo a fazer tudo o que puder para que todos juntos consigamos ultrapassar mais esta crise. Hoje já dei a volta habitual trazer pão etc, etc e não me cruzei com ninguém.

      Beijos e obrigado

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  6. Acredito que a maioria fica em casa mas, se calhar, só a maioria pode não ser suficiente. É impressionante a teimosia dos velhos e a ignorância dos ciganos. Uns não acreditam na gravidade da coisa e outros acham que aquilo não os atinge. E isto não é racismo ou lá o que lhe queiram chamar. É experiência própria e na primeira pessoa!

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    1. Dos ciganos cá da terra, obviamente. Que esses são os que vi na rua e os que ouço a garantir que se em Espanha entre tantos mortos não há um unico cigano é porque aquilo não os afecta. Assim como assim, espero que tenham razão.

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    2. Também pelo que vejo a maioria fica em casa mas ver imagens de ontem tudo ao molho e fé em Deus tira-me do sério. Também já ouvi essa teoria pregada por um sujeito enquanto aguarda na fila do pão.

      Beijos e obrigado

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  7. O isolamento é absolutamente essencial para vencer a pandemia.
    Bjs, boa semana

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    1. É verdade Pedro mas para a semana terei de ir ao super porque não delego na filha. Felizmente ainda consigo já que não quero que a filha ou genro ambos em tele trabalho se desloquem para aqui.

      Beijos e obrigado e também para vós boa semana

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