borboleta é um ser irrequieto.
para vestes usa pólen.
tem um cheiro colorido
e babas de amizade.
descola por ventos
e facilmente aterriza em sonhos.
borboleta tem correspondência directa
com a palavra alma.
para existir usa liberdades.
desconhece o som da tristeza
embora saiba afogá-la.
nega maquilhagens isentas
de materiais cósmicos. como digo:
pó-de-lua, lápis solar
castanho-raiz, cinzento-nuvem
borboleta dispõe de intimidades com arcos íris
a ponto de cócegas mútuas.
para beijar amigos e vidas ela usa os olhos.
borboleta é um ser
de misteriosos nadas.
Sobre Ondjaki
Ndalu de Almeida (1977 -), mais conhecido como Ondjaki, é um escritor angolano, vencedor de várias premiações como o Prêmio Jabuti de Literatura (2010) e o Prémio José Saramago (2013). O autor já publicou inúmeras obras de contos, poesia e romance, entre as quais se destacam "Os da minha rua" (2007) e "Os Transparentes" (2012).
Sem dúvida um poema muito elegante que gostei de ler
ResponderEliminar.
Saudações cordiais e poéticas.
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Poema: “ Malditas guerras “
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Obrigado:)
EliminarBeijos e um bom sábado
Ondjaki, desconhecido para mim.
ResponderEliminarGostei de ler.
Beijocas
Obrigado:)
EliminarBeijos e um bom sábado
Também gosto muito.
ResponderEliminarBeijos, boa semana
Obrigado:)
EliminarBeijos e um bom dia
São lindas as borboletas. A sua metamorfose para lagarta e depois para borboleta e vice versa é simplesmente impressionante e maravilhosa.
ResponderEliminarAmei a singeleza do poema.
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Abraço/beijinho.
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Poema: Até amanhã meu amor
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Também gosto muito de borboletas!
EliminarBeijos e um bom dia